sexta-feira, 19 de junho de 2009

A sociedade pós-moderna é a sociedade pré-caos ?


Vivemos em um período onde a sociedade de consumo prevalece perante qualquer outro tipo de manifestação. O capitalismo que cresceu como erva-daninha no período pós – moderno nos colocou valores aos quais vemos uma importância gigantesca quando na verdade eles não significam nada. O maior exemplo disso é o consumismo presente no nosso dia-a-dia. Cada vez se compra mais e se precisa menos. Essa falsa sensação de prazer que é proporcionada com o consumo é incentivada através de uma publicidade despreocupada com qualquer tipo de moral social e preocupada sim com cifras e lucros gigantescos. Quantas vezes você comprou algo e quando chegou em casa aquilo não serviu pra nada? A publicidade é aliada desse acontecimento, e por tabela aliada de vários efeitos da desigualdade social. Brotando do capitalismo, o meio publicitário surge como fator determinante para se consumir mais e fazer com que o motor pós-moderno capitalista continue ligado.

Outra característica dessa pós-modernidade é a sociedade do espetáculo, sociedade a qual o Jornalismo faz parte, a notícia tornou-se atração de circo, um freak show diário em capas de jornais que escorrem sangue, despreocupadas com a apuração dos fatos e preocupada com a venda de exemplares. Este meio talvez seja pior do que a má publicidade, pois ele se declara a favor da sociedade quando na verdade ele usa as pessoas com o intuito do lucro, sem pensar no que as palavras podem representar entre milhares de faces que lêem o que está escrito, o que você escreveu. Nos anos 90 enxergamos bem a sociedade do espetáculo surgindo, o caso da Escola Base é um exemplo triste disso, antes de se esperar os fatos serem apurados se declararam os culpados quando na verdade tudo era mentira. Há pouco tempo atrás vimos a Revista Veja no caso do Casal Nardoni se precipitando novamente, antes mesmo de apurar o caso, explorando a comoção nacional, a revista fez uma capa simples, uma foto dos dois e uma simples palavra em baixo: CULPADOS. Dessa vez ela acertou pelo jeito, mas contou com a sorte, com o acaso, quando na verdade jornalismo é o exato.

O ser humano pós-moderno se encontra vulnerável a tudo isso. Ele na verdade é mais um número, um possível consumidor de onde pode se tirar o dinheiro. O capitalismo exagerado já nos mostrou frutos ruins como a Crise que enfrentamos nos dias de hoje. Colocar o dinheiro a frente das pessoas na verdade é lamentável. Esperamos soluções contra a desigualdade social e principalmente a favor dos seres sociais do qual fazemos parte, uma publicidade menos abusiva e mais coerente e um jornalismo que apure a verdade, que seja imparcial, algo que nós aprendemos logo no primeiro ano dessa faculdade para se formar em uma profissão que agora não precisa de diploma.


Leonardo Quintana Bernardi

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